Do décimo sexto de Maio no Kuwait

Fonte: AFP
No dia 16 de Maio de 2005 o Kuwait permitiu pela primeira vez as mulheres votarem e serem eleitas como membros do parlamento e cargos municipais. Ainda hoje países, cuja raiz religiosa do Islão está presente nas esferas sociais mais baixas, enfrentam barreiras para permitir a participação do público feminino na vida pública do país. 

Mesmo no além-limites das fronteiras do Oriente Médio certos problemas continuam existindo: violência doméstica e estupros são os mais frequentes. Há quem relate casos, inclusive, de aos 12 anos de idade ser paquerada por indivíduos na rua a caminho de uma quadra de vôlei. A pedofilia é um agravo inafiançável na conta da sociedade. Quando meninos e meninas sofrem dos atos repudiáveis dos animais em sociedade, nem sempre a vizinhança responde com justiça ou espera espera a mesma dar a punição adequada - até ladrões, no auge das suas imoralidades, repudiam atos como esse. 

Do contexto ideológico às ações práticas, dos grupos de extrema no feminismo a grupos totalmente opostos, reconhecem, ainda que haja discordâncias de ideias gritantes no núcleo de cada coletividade, a relevância da mulher e reforçam o nojo, ódio e asco destas ações. É consenso entre os grupos mais antagônicos a igualdade, presteza e capacidade da mulher como ser de virtudes, uma das quais, diga-se de passagem, é a maternidade. 

Há quem não saia de casa por causa da violência e criminalidade. O medo domina, cega, coíbe. Há quem ande pensando que o taxista possa tomar vantagem diante do agravo noticiado paulatinamente na mídia tanto quanto existe também quem olhe para todos os homens como potenciais estupradores. Não é difícil de achar quem também declare a maternidade não ser uma virtude diante das maldades propagadas por algumas mulheres. Frente a isso é necessário advertir: a parte nunca deve ser tomada pelo todo. 

Tal qual quem é homem de bem não pode sofrer pelo mal dos animais, a maternidade não deixa de ser vista como virtude por causa das barbáries cruéis de mulheres desprovidas de humanidade. Pois é isto: a falta de humanidade. A maternidade não deixa de ser uma virtude, é a pessoa que carece de humanidade. O mesmo agravo para o outro grupo, os violentadores, pois lhes faltam a substância para os tornarem, no mínimo, dignos de serem chamados de humanos: a humanidade. Estes animais, na falta de definição na terminologia taxonômica da psicologia, acredito, são o exemplo de decadência moral de civilização. 

Não é dia da mulher e nem seria necessário para lembrar que o 16 de maio no Kuwait é a prova do quanto a humanidade num ambiente averso e hostil ao progresso prosperou; dando a esperança de dias melhores. 
Tags: × ×

0 comentários