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empreendedorismo × motivação × Tutus na Rede
Criar uma empresa requer um esforço descomunal: é documentação para abrir, o tempo gasto para escolha do local e recrutamento dos funcionários, o orçamento, o suor para se gerar receita, etc. São tarefas e responsabilidades diárias que consomem o empreendedor todos os dias. Dotado da consciência e do prazer de estar tocando o barco, segue firme e motivado no sucesso da empresa. Segue firme acreditando até nas horas mais ruins que a eminência de um fracasso não passaria de uma mera fase no momentâneo lapso da existência de sua empresa.
Mas e quando a empresa vem realmente a fracassar? O que aprender com essa derrocada?
Assim como em qualquer erro praticado em vida, seja vindo da queda de uma organização ou do fracasso individual, parece ser consenso que dos erros podemos retirar muitas lições. O fracasso de uma empresa não é diferente: é possível extrair das sucessões de acontecimentos internos e externos lições que podem servir de alerta para aqueles que desejam, no mínimo, dar a volta por cima.
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Administração × Tutus na Rede
A empresa é resultado de uma idealização do empreendedor, é a realização, em grande medida, de um sonho; é a concretização no plano real do que na sua cabeça um dia contemplou. Mas após criada, a paixão por mantê-la viva e lucrativa passa a ser o motor de suas atividades, mas nunca critério de decisão: a empresa existe para suprir as necessidades do seu público, os clientes. Sua atividade encontra-se na finalidade de atendê-lo pois, pela escolha a que fazem diariamente dos serviços ou produtos, permitem, em parcela ainda que reduzida, a sua perpetuação no mercado. Se a paixão é o que motiva, a administração é o instrumento racional cujo qual permite o empresário ditar os rumos da sua organização.
Não tão raro, cada um de nós fazemos diariamente avaliações que envolvem, no mínimo, o serviço ou produto de alguma empresa – pública ou privada – na sociedade. Comentários como esses costumam ser ouvidos:
“Ah, não consumo produtos daquela empresa porque colocam o aditivo X na comida”
“Que péssimo atendimento tive nesse restaurante!”
“Fui naquele estádio e o achei bastante limpo e organizado”
“Pedi a entrega da pizza para 15:30, mas só chegou uma hora depois”
O que esses comentários revelam?
Contos × importante
Corriqueiramente, ao assistir as ações de indivíduos no cotidiano, é possível, no mínimo, inferir delas uma intenção em obter algum resultado. De modo geral, de uma conversa simples, uma pesquisa científica até a abertura de uma empresa, as pessoas tomam iniciativa com o propósito de obter, após a sua concretização, um resultado capaz de satisfazer às expectativas anteriores à ela. A cada expectativa bem atendida dá-se o nome de sucesso. O fim último em todas as ações, das menores às maiores, ainda que não pareça à primeira vista, é o sucesso, o êxito.
– Olá, meu querido. Vamos para o mesmo lugar de sempre. – pergunta a passageira ao motorista.
As relações humanas são uma grande rede de intencionalidade em busca de um êxito. Quando Dona Maria, a passageira, cumprimenta Ernesto, o motorista, a sua intenção é ser amistosa. A expectativa é, ao cumprimenta-lo, obter uma resposta da mesma magnitude. O sucesso da comunicação está não apenas na intenção do cumprimento de Dona Maria, mas da resposta de quem o cumprimento se dirigiu, a de Ernesto. Se por acaso Ernesto não responder amigavelmente, o diálogo não atingirá seu êxito e Dona Maria terá sua expectativa frustrada. Caso responda com o mesmo sentimento de amizade, Dona Maria conseguirá atingir com Ernesto um nível de amistosidade desejável.
– Dona Maria! Você por aqui! Claro, sente-se e vamos conversando. – retruca Ernesto e atende assim as expectativas de Dona Maria.
Momentos depois, num consultório médico dentro de um centro de pesquisa, num lugar distante de onde o ônibus Dona Maria costuma passar, entra um paciente.
– E aí, rapaz. O que te acomete? – Pergunta o médico.
– Pois é, Doutor. É difícil viver com isso. Não sei mais o que vou fazer. Era bombeiro e quando fui prestar socorro a um mendigo, me vi na necessidade de fazer procedimento cirúrgico emergencial nele ainda na rua. O cara estava bêbado e sujo, acabou que fez um movimento brusco e me feriu com a agulha que tinha sangue dele. Quando fiz o exame, foi detectada a doença. – Explica o paciente emocionado sobre seu quadro.
– Olha, amigo, simpatizo com sua causa. Sei o quanto é difícil estar nessa situação. Não tenho palavras. Você aceita um copo com água? – Pergunta o Doutor, sensibilizado.
– Aceito, Doutor. Quando soube que você é um pesquisador na área, eu vim diretamente a você. – Justifica o paciente.
A satisfação pessoal, ainda que íntima, tem uma elemento fora dela. Guilherme, o médico, doutor, cientista, é um ávido pesquisador do vírus da AIDS, doença que acomete Juscelino, o paciente, o bombeiro. Guilherme tem na finalidade de descobrir a cura da doença, a sua satisfação pessoal, por conta do desafio e curiosidade que sente. O grau de sucesso de sua inciativa só poderá ser comprovada quando for colocada e testada no público aidético. Ainda que sua intenção seja estritamente pessoal – a descoberta da cura –, para saber se o sucesso será atingido, Guilherme não só deverá investigar e comprovar teoricamente, mas sim ter êxito na aplicação dos testes em Juscelino. Só quando Juscelino for curado, a satisfação pessoal de Guilherme será atendida e o sucesso comprovado. Há um elemento legitimador do grau de êxito da pesquisa de Guilherme: a cura real e absoluta da doença do Juscelino.
Milhas distantes do sala de um consultório médico, entra um cliente no estabelecimento comercial de um empreendedor.
– Quanto é esse, seu Joaquim? – Pergunta o cliente.
– Esse é R$ 2,50, meu caro. – Responde o empreendedor.
Ao criar uma empresa, um empreendedor sonha com o sucesso rotineiro dela. Seu Joaquim, o empreendedor em questão, sempre sonhou em poder construir um estabelecimento comercial no seu bairro popular a preços acessíveis. E ele conseguiu. As pessoas gostaram da ideia e agora frequentam sempre que podem o estabelecimento do seu Joaquim para não perder a promoção do dia. Após provarem do doce da empresa do Seu Joaquim, muitos estampam a realização no rosto por achar algo tão bom a um preço tão acessível. O Seu Joaquim, feliz abre, em igual sentimento, o sorriso de realização. Conseguiu além de prestar o serviço, satisfazer o cliente e obter além do benefício emocional também o financeiro. Grande Seu Joaquim!
Seu estabelecimento comercial é frequentado também pela Dona Maria, que toda vez antes de pegar o ônibus e cumprimentar alegremente o Ernesto, experimenta um pouco das delícias lá estampadas à sua disposição. É na prateleira do estabelecimento do Seu Joaquim onde Dona Maria saboreia seus doces antes de ir à casa de sua filha cuidar da sua netinha, já que sempre quando a filha precisa trabalhar por um tempo maior fora de casa, pede a mãe para cuidar da criança na sua ausência.
Foi lá, no empreendimento do Seu Joaquim, que Juscelino recebeu das mãos de Guilherme o resultado dos exames dos testes realizados para combater a sua doença, a AIDS.
– Você mora longe, hem! Aqui está o seu resultado, meu amigo. Nem eu sei o que deu nele. Estou nervoso. Igual a você. – explica Guilherme.
Juscelino abre o envelope.
– É incrível, Doutor! Obrigado, obrigado. – Juscelino chora emocionado ao descobrir o resultado.
Juscelino chorou por receber a notícia de que não mais possuía a AIDS. Guilherme, então, abriu o sorriso feliz de realização ao, ver na felicidade emocionante de Juscelino, o sucesso da inciativa esperançosa desse bombeiro em se submeter aos testes. Mas também sentiu, diga-se de passagem, o êxito em sua realização pessoal: venceu os obstáculos d’uma pesquisa tão difícil.
Em seu estabelecimento comercial, seu Joaquim, duas semanas depois, numa sexta-feira à noite, ligou a televisão e colocou no Jornal Nacional, o maior noticiário do país, para se atualizar sobre os principais acontecimentos no país. Passados alguns minutos, ouviu:
– O cientista Guilherme da Silva, brasileiro, morador de Salvador, será agraciado com o prêmio Nobel de Medicina pelo que a instituição denominou de “contribuições para a imunologia pela compreensão e diagnóstico absoluto do vírus autoimune da AIDS”. Esse é o primeiro brasileiro a ser agraciado com essa titulação. Um marco para o país. Em carta oficial, o presidente Campo Neves elogiou o que chamou de "marco na história da nação". – Declara William Bonner.
– Estou muito contente em com essa realização. Por anos batalhei para entende-la e agora, após pesquisas e pesquisas, consegui finalmente vencer esse desafio. – Explica o cientista com um sorriso contente no rosto.
– Durante a fase de pesquisas, a primeira pessoa a apresentar o sinal de cura da AIDS preferiu não ser identificada. – Ressalta Bonner.
Era justamente esta a pessoa que estava assistindo no seu estabelecimento de seu Joaquim a notícia do título recebido por Guilherme: o bombeiro Juscelino. Seu Joaquim, sem saber que era Juscelino a pessoa curada, fez um rosto de surpresa, levantando os olhos e a sobrancelha e torcendo a boca em sua direção. Assistiam também a notícia, no mesmo dia, Dona Maria, que levou sua netinha para provar uma das especiarias de lá, e o saudoso Ernesto, que após um final de turno de sucesso em seu ônibus, foi lá também provar do mesmo que a neta de Dona Maria prova.
– Que notícia hein, Dona Maria! – fala Ernesto surpreendido.
– É, meu filho. Essa tal de medicina não tem limites mesmo. É cada coisa que vou te contar, viu. – Diz Dona Maria impressionada.
– Pois é, Dona Maria! E quem é a pessoa? Ela nem se identificou, né!? – Diz Ernesto em tom de curiosidade.
– Ó, meu filho, seja quem for, que Deus a abençoe. Tem uma vida pela frente com mais saúde. – Retruca Dona Maria a Ernesto.
– Realmente, um sortudo. Mas parabéns ao médico também, né? O cara se matou em pesquisas e agora descobriu, depois de anos testando. Chega respirou aliviado na matéria do Jornal Nacional– Responde Juscelino sobre si e o médico para Dona Maria ao ouvir dela o comentário na mesa que estava ao seu lado.
– Meu doce... O importante agora é balançar o edredom sem medo de ser feliz! – Brinca Dona Maria. Todos riem, menos sua Neta, pois do foi dito, não sabia fazer nenhuma associação devido a sua inocência.
Contente, Juscelino, antes de voltar ao local, ligou para Guilherme para o dar os parabéns.
– Fala, cara! Parabéns! Acabei de te ver no Jornal Nacional. Tá famoso, hem, velho!? – Exclama Juscelino.
– Isso aí, Djucê! Finalmente viu! Já estava pensando em desistir! E venha cá, você tem o paradeiro do mendigo? Precisamos ajuda-lo. – Agradece Guilherme e responde preocupado sobre o mendigo que tinha AIDS.
– Tenho sim. Alguns amigos quando me visitaram foram muito solidários comigo. Pedi também atenção ao pobre rapaz que causou esse trágico acidente. Ele está em um asilo. – Responde Juscelino.
– Onde pego vocês? – Pergunta Guilherme?
– Nos pegue no mesmo lugar que recebi o resultado de você – Responde Juscelino
– Beleza! – Concorda Guilherme.
Enquanto isso, o seu Joaquim assistia a um espetáculo de sorrisos de pessoas conhecidas provando o mesmo doce que Dona Maria rotineiramente prova antes das suas idas a casa de sua filha, que Ernesto prova ao final de suas viagens bem sucedidas e que Juscelino um dia provou quando estava doente. Seu Joaquim não sabe do êxito da Dona Maria ao cuidar de Dona Maria e de se comunicar diariamente com Ernesto, nem talvez da capacidade deste motorista em fazer as suas viagens no prazo, nem muito menos tem ideia que a pessoa agraciada pelo resultado bem sucedido do cientista Guilherme estava ali, comendo do seu doce. É da alegria e do sucesso das pessoas que a sorveteria de seu Joaquim vive, tal qual, é da mesma substância pela qual elas vivem que seu Joaquim criou a sorveteria. E ao contrário das incertezas que sequer faz ideia da sua existência, sabe apenas de algo: eles estão alegres provando o doce na sorveteria O Sabor da Vida.
Ética × Liberdade × Política
Fonte: AFP |
No dia 16 de Maio de 2005 o Kuwait permitiu pela primeira vez as mulheres votarem e serem eleitas como membros do parlamento e cargos municipais. Ainda hoje países, cuja raiz religiosa do Islão está presente nas esferas sociais mais baixas, enfrentam barreiras para permitir a participação do público feminino na vida pública do país.
Mesmo no além-limites das fronteiras do Oriente Médio certos problemas continuam existindo: violência doméstica e estupros são os mais frequentes. Há quem relate casos, inclusive, de aos 12 anos de idade ser paquerada por indivíduos na rua a caminho de uma quadra de vôlei. A pedofilia é um agravo inafiançável na conta da sociedade. Quando meninos e meninas sofrem dos atos repudiáveis dos animais em sociedade, nem sempre a vizinhança responde com justiça ou espera espera a mesma dar a punição adequada - até ladrões, no auge das suas imoralidades, repudiam atos como esse.
Do contexto ideológico às ações práticas, dos grupos de extrema no feminismo a grupos totalmente opostos, reconhecem, ainda que haja discordâncias de ideias gritantes no núcleo de cada coletividade, a relevância da mulher e reforçam o nojo, ódio e asco destas ações. É consenso entre os grupos mais antagônicos a igualdade, presteza e capacidade da mulher como ser de virtudes, uma das quais, diga-se de passagem, é a maternidade.
Há quem não saia de casa por causa da violência e criminalidade. O medo domina, cega, coíbe. Há quem ande pensando que o taxista possa tomar vantagem diante do agravo noticiado paulatinamente na mídia tanto quanto existe também quem olhe para todos os homens como potenciais estupradores. Não é difícil de achar quem também declare a maternidade não ser uma virtude diante das maldades propagadas por algumas mulheres. Frente a isso é necessário advertir: a parte nunca deve ser tomada pelo todo.
Tal qual quem é homem de bem não pode sofrer pelo mal dos animais, a maternidade não deixa de ser vista como virtude por causa das barbáries cruéis de mulheres desprovidas de humanidade. Pois é isto: a falta de humanidade. A maternidade não deixa de ser uma virtude, é a pessoa que carece de humanidade. O mesmo agravo para o outro grupo, os violentadores, pois lhes faltam a substância para os tornarem, no mínimo, dignos de serem chamados de humanos: a humanidade. Estes animais, na falta de definição na terminologia taxonômica da psicologia, acredito, são o exemplo de decadência moral de civilização.
Não é dia da mulher e nem seria necessário para lembrar que o 16 de maio no Kuwait é a prova do quanto a humanidade num ambiente averso e hostil ao progresso prosperou; dando a esperança de dias melhores.
Liberdade × Política
Jorge Armando Martínez é o cubano que atravessou n'uma prancha de windsurf todo um oceano para os Estados Unidos. Passou quatro dias sofrendo no mar com apenas uma garrafa de água e dez balas. Tudo por que, segundo Jorge, na reportagem da BBC Brasil, seu sonho era viver nos USA, um país desenvolvido onde teria "a oportunidade de trabalhar honradamente e viver como pessoa" - e terá, Jorge, e terá.
A história vale muito mais do que uma superação: é o testemunho ocular, emocional e fraternal de um jovem que preferiu sobreviver à odisseia da viagem a continuar vivendo em Cuba, o país que vive sob a ditadura comunista encabeçada por Fidel, e agora controlada por seu irmão Raul Castro.
Em pensar que foi justamente por ver a filha em necessidade que ele, o Jorge, criou a coragem para fugir da ilha. Treinou dia e noite e vendeu quase tudo. Hoje está empregado em uma loja de windsurf. Jorge é, pelo menos, um campeão em endurance sob uma prancha de windsurf e tem nas suas mãos a oportunidade que ele próprio foi capaz de lutar: a de ter uma nova vida.
Não foram poucos os que fugiram da ilha. E não serão poucos os que continuarão a tentar. Que melhor vingança - na falta de uma palavra melhor - tem os Estados Unidos em recompensar aqueles que, por esforço individual e usando seus próprios meios, conseguem atracar em solo americano os repatriando?
Pode ser que não exista esse tal sonho americano, mas os valores de uma boa e honesta vida que Jorge, o rapaz cubano, sonhou um dia ter são os mesmos que ainda fazem a nação americana prosperar: o mérito no esforço individual e o direito de perseguir a felicidade.
empreendedorismo × motivação
João Dória Jr e a minha narrativa de um diálogo de um empreendedor na Fiesp segundo a importância de empreender na Sociedade
O empreendedor, como definição
teórica, seria aquele que percebe as oportunidades de oferecer no mercado novos
produtos, serviços e processos, e tem a coragem para assumir riscos e
habilidades para inovar e aproveitar essas oportunidades, como assim ressalta
Francisco Lacombe em seu Dicionário de Negócios. Mas, para entende-lo na sua prática,
requerer-se-á uma abordagem um tanto mais sofisticada, pois, ao assumir-se como um, é
necessário compreender as motivações que levaram-no a se tornar, e que, no
âmago dessas motivações, reside a sua história: a de um ser humano capaz de ter
superado as vicissitudes na vida e emergir a partir delas um indivíduo
vitorioso, com atitudes reverenciáveis.
Ao ler e conhecer a história de
um empreendedor, suas motivações são auto explicáveis e, portanto, a sua
história pode ser ressaltada – nos comportamentos e atitudes tomadas por ele ao
longo da vida, pelo menos – como um exemplo da importância não só do termo, mas
do comportamento e da prática qual teve ao decorrer de sua jornada: a do
empreendedorismo, da livre inciativa e do valor do trabalho.
João Doria Jr, então, pode – e
deve – ser considerado como um desses exemplos. Graduado em jornalismo e publicidade,
Doria Jr é um empresário, escritor e jornalista com uma história de exemplo,
uma prova da sobrevivência do espírito humano diante dos infortúnios da vida. Hoje
presidente do Grupo Doria, apresentador do Show Business – um dos mais antigos
da televisão brasileira – além de liderar o LIDE, o Grupo de Líderes
Empresariais “com mais de 400 empresas que, juntas, representam cerca de 40% do
PIB privado nacional” como diz a matéria da Istoé Brasil, que o escolheu como
uma das 100 personalidades mais influentes de 2012. Já atuou no setor público
como presidente da Paulistur, da Embratur e do Conselho Nacional de Turismo. É
hoje, também, presidente do conselho e acionista da Casa Cor, maior evento de
arquitetura e decoração das américas.
II A história: motivação.
A história desse empreendedor é,
como ele ressalta, a de alguém que acredita nos valores da vida. Parte dela, para ser compreendida, se inicia na trajetória de seu pai, o João
Dória. Um imigrante
baiano que se mudou para o Rio de Janeiro – na
época o centro econômico do Brasil – para lutar por condições melhores de vida. Lá conseguiu um emprego no Correio da Manhã, no final da década de 40, e, com o
suor do trabalho, foi garantido com promoções atrás de promoções, o alcance do objetivo para o qual tinha saído de sua terra natal.
Certo dia, um importante publicitário de nome Cícero Leuenroth, ao ler os textos de João Dória, o pai, o convidou para conversar. Leuenroth era dono da maior agência de publicidade da época no Brasil. O Cícero convidou João pai para se tornar redator. Aceitando o convite, Dória pai começou como redator da Standard até se tornar Diretor num prazo de 6 anos. Com as conquistas, as condições de vida foram melhorando com salários consideráveis, algo que se apresentava com um certo grau de contraste diante da forma como ele, o pai, chegou no Rio: com quase nada e de ônibus.
Certo dia, um importante publicitário de nome Cícero Leuenroth, ao ler os textos de João Dória, o pai, o convidou para conversar. Leuenroth era dono da maior agência de publicidade da época no Brasil. O Cícero convidou João pai para se tornar redator. Aceitando o convite, Dória pai começou como redator da Standard até se tornar Diretor num prazo de 6 anos. Com as conquistas, as condições de vida foram melhorando com salários consideráveis, algo que se apresentava com um certo grau de contraste diante da forma como ele, o pai, chegou no Rio: com quase nada e de ônibus.
Após crescer, sentiu a
necessidade de se desvincular da Standard e criar a sua própria agência de
publicidade. Ao sair, criou a Dória Associados (hoje nome de uma das empresas
que João Dória Jr dirige em homenagem ao seu pai). Já fora da Standard, Doria
Jr relata que seu pai não tirou nenhum cliente das mãos do Cícero pela postura
ética que tinha como pessoa e consideração a seu agora amigo. Em 2 anos a
agência conseguiu crescer absurdamente e em 4 a 5 anos já era uma das 3 maiores
do Brasil.
Paralelo ao crescimento da
agência de publicidade, seu pai decidiu iniciar a vida pública – um homem de
ideias, sobretudo, pois foi de certa maneira por causa delas que construiu uma agência de
publicidade (como a publicidade sobreviveria sem a ideia?) – influenciado pelas raízes familiares da educação cristã e do seu irmão, um juiz de
direito, cuja postura era voltada para a prática da moral, para a real
consciência dos direitos e deveres. Entretanto, seu pai, o João Dória, queria disputar o
cargo eleitoral pelo seu Estado de origem, a Bahia, e não em São Paulo, onde
naquele momento residia. Desejos à parte, ele foi eleito como o segundo mais votado na época, assumindo
o mandato de 1962 a 1964.
Mandato curto, pois em 64,
quando ocorrera o golpe militar, seu pai fora cassado, e já na primeira lista.
Cassado foi porque denunciou à época a iminência do golpe militar. Tudo mudou:
a agência que tinha 10 anos de existência, perdeu; os calçados Clark cujo qual
fora sócio, deixou de ser; a residência do Morumbi qual morava, passou a
inexistir; os carros, esvaíram; “coisas que o dinheiro proporciona e que quem
chega lá deseja desfrutar, com bastante normalidade, por ter sucesso” explica
João Dória Jr. Todos os bens foram perdidos porque seu pai apenas foi congruente com
seus valores. O pai teve que se refugiar em uma das embaixadas ainda abertas,
mas como a maioria se localizava no Rio de Janeiro, foi na da Iugoslávia, em
Brasília, que buscou refúgio. Ali alocado, vivia num lugar pequeno com 8
pessoas, das quais entre ele estava Sebastião Nery, jornalista hoje na Rádio
Metrópole aqui em Salvador.
Saindo do país como um exilado,
foi para a França. A mãe de Dória Jr vendeu tudo que tinha e foi para o exílio
com ele e seu irmão, o Raul. O dinheiro que tinha durou apenas 2 anos devido a
uma custo alto de vida na França, e a liberdade era muito limitada, já que os
exilados eram monitorados pelo SNI, o sistema nacional de informação, que
tempos depois culminou na criação da ABIN, em 1990, com um propósito diferente
da dos tempos de ditadura. O objetivo do órgão era investigar para não permitir
que o exilado tivesse renda para não fazer da estrutura econômica de
prosperidade no exílio um instrumento de movimento político de libertação no
Brasil. Para sobreviver, o pai precisou
levar os quadros de artes que colecionou enquanto publicitário bem sucedido no
período anterior à ditadura. Segundo Dória Jr, seu pai costumava dizer que ele
comia os quadros para sobreviver.
Acabando o dinheiro, a sua mãe,
ele (Doria Jr) e seu irmão foram obrigados a voltar para o Brasil para
enfrentar uma vida totalmente diferente do período do qual desfrutavam anterior
ao golpe de 64: antes estudavam no Colégio Rio Branco, após a volta precisou
estudar no colégio público, a Escola Estadual Professora Marina Cintra – com
exceção do irmão, que só conseguiu porque uma senhora conseguiu pleitear uma
bolsa para o irmão –; precisando trabalhar para se sustentar, foi, ainda jovem,
assumir o cargo de Estagiário na
Standard, empresa de publicidade em que seu pai um dia dirigiu, porque um
Diretor egípcio da agência, sensibilizado pela história de Dória Jr, o cedeu
uma vaga. Em 2 meses deixou de ser estagiário e garantiu seu primeiro emprego.
“Vocês não fazem ideia... Quem já passou por
dificuldades sabe o que é precisar do emprego. Eu vivi isso: precisar do
emprego (...). Precisava para poder ajudar minha mãe, para ter um pouco de
oxigênio” expressa João diante da dificuldade em que viveu. A sua mãe fora educada
para ser mãe. Segundo João, o filho, as mulheres eram habituadas a serem donas
de casa e o máximo que faziam era um curso de letras ou de lareiras para ter
proficiência nas tarefas do lar – não foram educadas com uma orientação para
ser executivas, engenheiras etc.: “minha mãe foi jogada para poder garantir a
sobrevivência da família” revela João. A mãe trabalhava no que podia. Chorava
quase todos os dias por não conseguir proporcionar aos filhos uma condição
mínima de sobrevivência.
“A dificuldade, meus amigos, é dura. Quem tem dificuldade ou quem já passou por isso ou viveu de perto sabe o que eu estou falando. É dificuldade para comer. Não é dificuldade pra ter luxo, é dificuldade para comer. Para ter o que comer. Pois eu vivi essa experiência com minha mãe. Em casa, quase todos os dias, a gente tinha arroz e ovo. Só. Não tinha carne ou sobremesa. Não tinha luxo nenhum. Nossa! Beber Coca-Cola, comer pudim, só na casa dos amigos. E quando convidava...”
Em meio as dificuldades, João se
dava o direito de se divertir pelo menos uma vez por mês. E mesmo assim, nos
lazeres, conviveu ainda com a dificuldade. Por adorar futebol, escolheu as partidas
como um dos seus momento de lazer. Ia para o estádio caminhando porque não
tinha dinheiro; ficava na geral e chegava às vezes com 4 horas de antecedência
para ficar com um bom lugar. Só tinha um sanduíche para comer. Detalhe: um
sanduíche com mortadela e um kisuco.
Um grande contraste para quem anos antes desfrutava de muitas benesses.
O drama familiar era pior, por que
sua mãe enfrentava o preconceito da família por ter se casado com um imigrante
baiano. A família desejava que ela se casasse com um nobre, mas enquanto baiano
prosperava, muito pouco a criticar, mas depois, quando cassado, tudo a
desprezar: “nem sequer falavam com ela e
no máximo, quando a via, era um breve cumprimento. Alguns ainda falavam ‘tá vendo! Não falei pra
você!? Foi casar com esse baiano aí safado e sem vergonha’, olha aí o que
aconteceu. Foi cassado, [e você] não tá lá, tá é aqui; não tem dinheiro, tem
dois filhos pra criar. [Te] falei, preveni...” relata João com pena da
situação de sua mãe. Em meio a dificuldade, Dória Jr a prometeu que um dia
estaria trabalhando, sustentando e não a deixando chorar mais.
Ele não conseguiu. A mãe morreu
antes. Morreu com 36 anos de idade acometida por uma crise de meningite. “Eu não
tive nem a chance de dar a minha mãe aquilo que tinha estabelecido como
princípio de vida, que era poder trabalhar pra sustenta-la e não vê-la mais
chorando em casa” lamenta João que informou que nos últimos anos de vida sua
mãe só tinha uma única amiga, aquela que estendia a mão. A única. Ninguém
queria ser amiga de uma esposa de um deputado cassado.
Depois da perda da mãe, seu pai
pôde retornar em 74, vindo também em condição de dificuldade. Com 50 anos e
ainda com vontade, voltou a trabalhar. Com poucos amigos após a volta – como deputado cassado poucos também gostavam de estar ao seu lado, temendo
que o SNI também os investigasse – teve em Adolfo alguém que o apoiou,
um exemplo de amizade, de acordo com Dória Jr. Um exemplo de pessoa solidária,
diferente de muitas que se afastam e temem exatamente quando as pessoas mais
precisam de apoio e solidariedade em determinado momento.
João Dória Jr levou consigo a
história de pesar de sua mãe e fez uma nova promessa: “pai, eu vou trabalhar 24
horas e não vou te deixar sofrendo mais do que você já sofreu”. Foi o estopim.
Foi a motivação suficiente para continuar persistindo com direção e foco em
torno do objetivo que traçou. Se dedicou na Standard com 13 anos de idade; trabalhava
na hora do almoço para ter que comer um sanduíche que a empresa cedia para quem
trabalhasse neste período, pegava 2 ônibus para chegar no escritório, dois para ir para à escola
e dois para a casa. Foi da Standard para a rede Tupi como assistente de
contato e vendendo, recebendo uma comissão aqui e outra lá e conquistando
confiança em si e no projeto que foi ganhando a
educação prática necessária para sair da situação que pairava. Saiu de
assistente de contato para contato, depois supervisor, gerente comercial e
gerente de projetos. Com 21 anos foi presidente da Paulistur, sendo nomeado
pelo então Prefeito Mário Covas. Já com 21, um experiente. Depois, com 24, foi
presidente da Embratur.
Nessa trajetória contínua, preside hoje o LIDE, o Grupo de Líderes Empresariais com mais de 1.200 empresas, e um conselho diretor
renomado, operando em 8 estados, fundada em 2003 com missão de “defesa da livre iniciativa, dos princípios éticos da governança
corporativa no Brasil, tanto no setor público quanto no privado”.
As empresas de João são muito importantes na promoção de eventos e workshops que viabilizam o diálogo e a troca de informações, reforçando os valores do empresariado, da governança corporativa dentro do setor privado e público. Lá líderes discutem diretrizes. Muitos negócios são firmados dentro desse espaço. Não foi por mera coincidência que por sua sagacidade em liderar uma instituição como essa que ele assumiu a posição de uma das pessoas mais influentes do país. Existe um valor no LIDE, que é possibilitar que valores sejam reforçados e as empresas entreguem bons serviços e produtos para o usuário final de seus serviços, o cliente.
As empresas de João são muito importantes na promoção de eventos e workshops que viabilizam o diálogo e a troca de informações, reforçando os valores do empresariado, da governança corporativa dentro do setor privado e público. Lá líderes discutem diretrizes. Muitos negócios são firmados dentro desse espaço. Não foi por mera coincidência que por sua sagacidade em liderar uma instituição como essa que ele assumiu a posição de uma das pessoas mais influentes do país. Existe um valor no LIDE, que é possibilitar que valores sejam reforçados e as empresas entreguem bons serviços e produtos para o usuário final de seus serviços, o cliente.
III Posfácio: os valores
Como todo ser humano, Dória Jr
aprendeu através das suas experiências de mundo a toma-las como relevantes e
transformá-las em objeto de conhecimento e motivação. Buscou na história que vivenciou o
subsídio para a sua sobrevivência. Suas experiências vieram das pessoas, do
trabalho, da motivação através da sua história quando assim determinou para si
um objetivo.
Se motivou tendo como gatilho a
situação do pai, assim como Pelé viu o seu pai chorar em 1950 quando o Brasil
perdeu para o Uruguai na final da copa do mundo e mais tarde foi campeão em 58,
sendo considerado hoje o melhor jogador que já existiu no futebol; como assim também
foi com Roberto Marinho ao ver seu pai Irineu morrer 23 dias após o lançamento da
primeira edição do jornal O Globo, que fora publicada com 159 dias de
existência depois da chegada de Irineu da Europa, onde lá foi para se tratar de
uma doença e descobriu que fora traído por seus sócios na obscura venda do
jornal A Noite. Foi Marinho, presenciando com seus 24 anos de vida as traições –
e talvez por isso se justifique a Globo nunca ter aberto seu capital – e fatos
da época, segundo Pedro Bial na biografia de título homônimo, que ele assumiu um
jornal prematuramente e dali fez surgir anos mais tarde a terceira maior rede
midiática do mundo e a maior que já existiu no Brasil.
“O dinheiro nunca vai mover você para os seus ideais de vida. Nunca. Se tiver movendo, fuja disso. O que vai mover na vida é a sua vontade de fazer, de realizar, de fazer, de ser feliz e de fazer as pessoas serem felizes também. Isso é que vai fazer a diferença. É o prazer de realizar. O resultado material é consequência. Todo empreendedor, todos os que conheci até hoje – sejam atletas, professores, empresários, seja alguém que ama vender coco na praia – se tornou vitorioso porque acreditou na vida, na sua existência, na sua capacidade realizar e sua capacidade de transformação. Não foi o cheque, não foi o dinheiro, nem a conta bancária. Dinheiro não compra a felicidade. Conheci muitas pessoas ricas que são muito infelizes e são desrespeitosas. Xingam, machucam, humilham. Essas pessoas não sabem dar valor à vida. Enquanto já conheci pessoas que dirigem um táxi e são realizadas e ganham uma ótima renda com o trabalho. A vida é muito mais que o dinheiro.” – João Dória Jr.
Dória aprendeu durante o exercício
laboral a respeitar as pessoas, o trabalho e que nunca imagina que é possível
vencer sozinho. Lembra que é preciso ter a consciência que sempre existe alguém
do seu lado tentando te ajudar e que é necessário sempre ajudar alguém. “A
lição da solidariedade é a lição de que o trabalho coletivo é muito melhor do
que o individual” explica João. A lição da humildade também foi outro valor
aprendido e ressaltado como um item fundamental para uma auto análise mais
condizente com a realidade, aliás, o principal elemento necessário para se ter
o distanciamento necessário para realiza-la.
Como Sidney, que hoje é
formado, professor e passou por muitas dificuldades, a auto consagração de João
Dória Jr serve como um reflexo do árduo trabalho que também se reproduz nas histórias de tantos
outros empreendedores. A vida é, em seu mais profundo núcleo, a realização da
felicidade baseada nas virtudes da história de cada ser humano embutido num
contexto. A de Dória foi, ao seu modo, um exemplo que precisa ser levado para
todos que negam a importância do empreendedorismo. É a história de que a
consagração só vem com suor, de que alguém, como o seu pai, que veio da Bahia,
enfrentou os preconceitos, mas venceu; e como ele, o Dória Jr, quem viveu
dificuldades e soube nelas encontrar uma saída honesta, porque seus valores
foram no geral o alicerce da razão do seu sucesso. É como disse Dom Bertrand de Orleans e Bragança
ao citar seu pai quando chamou os filhos mais velhos no canto do jardim de uma fazenda no Paraná, que comprou por ter vendido uma casa cedida por um português rico, pois nada lhe sobrou, pois os bens da
família real foram confiscados durante a instauração da república:
“meus filhos, saibam aproveitar a única coisa que eu poderei os deixar para o futuro, porque bens materiais eu não tenho. 63 alqueires [da fazenda] divididos por 12 filhos não é nada. Com isso vocês não farão a vida. Mas eu tenho algo que vale incomparavelmente mais que os bens materiais, e isso eu posso lhes deixar, que é em primeiro lugar a fé católica, em segundo lugar uma boa educação e em terceiro lugar a consciência de uma missão histórica a ser realizada pelo bem desse grande país, desse grande Brasil. Preparem-se por que um dia o Brasil os chamará”.
Assim como para Dom Bertrand,
como o João Dória Jr, o Pelé, Sena, Sidney e outros, o pilar da vida, do sucesso,
se estabelece da mesma maneira que o discurso do pai de Dom Bertrand: um bom sistema de valores, uma boa educação e
uma missão motivadora auto imposta. É o que há em comum em todos os vencedores, variando apenas o conteúdo, mas não a forma. Acima de tudo, em grande maioria são orgulhosos, mas nunca arrogantes:
“As pessoas arrogantes nunca acham que estão erradas. Essas não são pessoas felizes e nem serão pessoas bem sucedidas, pois, quando menos esperarem, irão fracassar ou irá faltar a mão a amiga. Por que elas foram tão autoritárias, tão duras, tão arrogantes, incisivas e mal criadas que, no momento que teve aquela mão querendo-a ajudar, irá faltar, quando a ajuda um dia precisar. A humildade é o compartilhamento, é o reconhecimento [dos erros e limitações] e o ato de pedir desculpas [sem se degradar]”.
A tolerância é outro valor
considerado preponderante no seu sucesso não só como profissional, mas como
indivíduo. Ressalta ele, João Dória Jr, que se alguém não for tolerante, vai
sofrer muito, pois a compreensão do contraditório é parte da vida em sociedade.
Não só ter tolerância, mas também a prudência é um elemento primordial: saber o
tempo certo para agir, ser comedido, cauteloso. Não tomar atitudes bruscas,
rápidas, imediatas, enérgicas e emotivas, sob o risco de se arrepender depois.
O valor do trabalho construiu a
carreira de João Dória Jr e tem nesse valor o fundamento de sua existência: o
sucesso profissional de um indivíduo como resultado de uma contribuição coletiva
reconhecida a todo momento por ele e que aqueles a quem confiou – e aqueles a
quem ele foi confiado – também cresceram. A história do indivíduo que prova que
o pronome nós existe até no eu, pois
reside ao lado dele a história de outros indivíduos que diretamente influenciaram
em sua trajetória. Esse valor do trabalho que o construiu não é particular
dele, mas de muitos. A sociedade é então o resultado do trabalho árduo
alicerçado em uma ideia e um conhecimento organizado por indivíduos motivados em seus objetivos.
O valor do trabalho é incentivado
a todo o momento para os filhos que ainda menores iniciam em ritmo menor, mas os
fazem trabalhar para deixar claro que eles, mesmo na situação que estão não são
herdeiros mas sucessores do trabalho do pai: “é ter a sustentação da vida nos
mesmos valores que aprendi com dificuldade. Que não passe pelas dificuldades,
mas que tenha a consciência desses valores. Tomar noção da realidade da
conquista, pois é isso o que faz a diferença entre as pessoas”.
IV Epílogo
As empresas de João Dória Jr,
caso não foi percebido, são o reflexo de seus valores. Uma empresa é o reflexo
da mente que a criou em sua mais íntima esfera. Se os valores são bons, a
empresa sobrevive, caso não, padece. É por isso que o lucro de uma empresa, o dinheiro
derivado da venda de um serviço ou produto deduzido de seus custos, é o que legitima a sua existência, porque permite a sua perpetuação no mercado, mas nunca é a sua finalidade última e maior. A sua finalidade é – uma que Drucker já ensinou há muito tempo no passado – criar e servir bem a um
cliente.
Mas teimam os contrários à livre iniciativa que a história de João como a de tantos outros empreendedores não podem servir de exemplo pois são esparsas, exceções. Jamais serão. Elas são o retrato da sociedade. Elas são a prova de que o triunfo da vida individual vem conjugando o “nós”, de que a ética, acima de tudo, é um valor que coloca a sociedade civilizada em um patamar superior, de que a felicidade é um tipo realização individual em coletividade.
Mas teimam os contrários à livre iniciativa que a história de João como a de tantos outros empreendedores não podem servir de exemplo pois são esparsas, exceções. Jamais serão. Elas são o retrato da sociedade. Elas são a prova de que o triunfo da vida individual vem conjugando o “nós”, de que a ética, acima de tudo, é um valor que coloca a sociedade civilizada em um patamar superior, de que a felicidade é um tipo realização individual em coletividade.
O empreendimento, portanto,
está apoiado numa história que reside nos valores concebido pelas pessoas,
aliadas a sua educação e motivação - que nesta reside a história de vida. Se a sociedade está do jeito ruim que está
é porque há pouca, ou falta, tolerância e prudência, bem como falta a promoção do valor do
trabalho, da livre inciativa, como um dos fundamentos da liberdade, do
progresso.
A sociedade é uma construção de realizações individuais na coletividade e não da centralização do poder coletivo na individualidade formal-burocrática de um órgão público, atribuindo a este a responsabilidade por comandar a vida alheia.
Que indivíduos como João Dória Jr, Sidney, Roberto Marinho e outros existam, por que é do triunfo deles que a sociedade progride, do triunfo dos empreendedores nos seus diversos campos. Alguns conhecidos, outros não, muitos sua existência é conhecida, mas sua história obscura, todavia, não há nada que caiba tão bem e que expresse o quanto a prosperidade do mundo é o resultado da união dos valores de indivíduos bem educados e com uma motivação poderosa quanto a afirmação de George Eliot em Middlemarch:
A sociedade é uma construção de realizações individuais na coletividade e não da centralização do poder coletivo na individualidade formal-burocrática de um órgão público, atribuindo a este a responsabilidade por comandar a vida alheia.
Que indivíduos como João Dória Jr, Sidney, Roberto Marinho e outros existam, por que é do triunfo deles que a sociedade progride, do triunfo dos empreendedores nos seus diversos campos. Alguns conhecidos, outros não, muitos sua existência é conhecida, mas sua história obscura, todavia, não há nada que caiba tão bem e que expresse o quanto a prosperidade do mundo é o resultado da união dos valores de indivíduos bem educados e com uma motivação poderosa quanto a afirmação de George Eliot em Middlemarch:
"(...) o crescente bem do mundo depende parcialmente de atos não históricos; e se as coisas não são tão ruins para você e para mim quanto poderiam ter sido, deve-se em parte aos tantos que viveram fielmente uma vida oculta e hoje descansam em túmulos não visitados."Fortunat Favet Fortibus.